A cada ano, o segmento de varejo se reinventa e evolui. E isso não é à toa, afinal, conforme os hábitos de consumo vão mudando, é esperado que lojas de diferentes departamentos tentem acompanhar o que são as tendências do varejo no Brasil.
Hoje, a busca pela sustentabilidade e pela integração dos canais de venda, além do uso da tecnologia, são uma demanda dos consumidores e um objetivo para os varejistas.
Por essa razão, quem não se adapta a essa nova realidade corre o risco de ser deixado para trás. A seguir, separamos as 25 principais tendências do varejo no Brasil. Confira!
O mercado de varejo no Brasil tem passado por transformações que, em boa parte, estão associadas às inovações tecnológicas e ao crescimento do e-commerce.
De acordo com o Relatório de Varejo 2023, realizado pela Adyen, o setor atingirá R$ 28,6 bilhões em todo o mundo se houver adoção do comércio unificado.
Além disso, 1 em cada 5 consumidores comprou de varejistas estrangeiros online em 2022. E quase 80% desejam ter uma experiência de compra mais gratificante.
Trata-se de dados valiosos quando o assunto são as tendências do varejo 2024 no Brasil. Vemos que os consumidores estão dispostos a aceitar novas tecnologias e buscar novos vendedores, sem limite territorial.
Em outras palavras, o segmento brasileiro tem sido um campo de grande efervescência quando o assunto é transformação.
Vamos ver então quais as principais tendências para o varejo?
Apesar de já ser passado, a pandemia impulsionou muitas mudanças nos hábitos de consumo, que seguem pedindo uma transformação dos mais diversos segmentos, incluindo o varejo.
Hoje, temos no Brasil e no mundo outros fatores relevantes que interferem no comportamento do mercado, como um novo governo e sua meta fiscal, as guerras entre Rússia e Ucrânia e entre Israel e a Faixa de Gaza.
Tudo isso impacta a economia e o consumo. Diante das oscilações no preço, o varejista precisa se reestruturar e se adaptar aos novos hábitos dos clientes para ganhar destaque na sua área.
Ou seja, ele precisa estar atento às tendências do varejo de 2024 no Brasil para garantir uma vantagem competitiva e manter-se atualizado em relação às demandas do público.
E quais são elas?
A pandemia nos fez repensar muitas coisas, inclusive nossos hábitos de consumo. Isso abriu espaço para a economia circular, uma grande tendência para o futuro do varejo no Brasil.
Esse conceito está diretamente ligado à sustentabilidade e busca um uso mais consciente dos recursos naturais, incentivado pelo consumo consciente.
Para os varejistas, isso vai desde a aplicação de métodos sustentáveis nos ambientes físicos das lojas até o processo produtivo e de venda das mercadorias.
Isso é também um reflexo do comportamento da Geração Z, que engloba os nascidos entre 1995 e 2010. Segundo um estudo da First Insight, 73% dos entrevistados estão dispostos a pagar até 10% a mais por um produto sustentável.
Além do PIX, que já vem sendo amplamente utilizado pelos brasileiros, as tecnologias impulsionaram o desenvolvimento de outras formas de pagamento digitais. É o caso dos pagamentos via QR Code e das carteiras digitais, por exemplo.
Junto a isso, a busca dos consumidores por métodos mais práticos e ágeis para realizar compras tem tornado as carteiras digitais protagonistas entre os meios de pagamento.
A pesquisa Global Insights da Experian, realizada pela Serasa Experian, confirma essa tendência de digitalização dos pagamentos.
Segundo os dados, 67% dos brasileiros entrevistados afirmaram ter utilizado carteiras digitais nos últimos seis meses.
O relatório também mostra que os brasileiros se sentem seguros ao realizar pagamentos com QR Code: 82% afirmaram sentir segurança para fazer esse tipo de transação.
Uma das tendências do varejo no Brasil que com certeza deve marcar o futuro são estratégias de marketing holístico.
Cada vez mais o público não se satisfaz com apenas comprar um produto ou serviço, mas precisa entender o posicionamento da marca em relação a pautas sociais e também como o empreendimento trata seus colaboradores.
Beira um marketing pessoal da empresa, mas vai além: é possível criar a força da marca apenas mostrando a preocupação da mesma com questões ambientais, por exemplo.
Uma varejista que faz isso é a Insecta Shoes, uma marca vegana de sapatos, que assumiu seu compromisso com a causa e agregou valor oferecendo produtos sustentáveis – e vende tanto para o público vegano quanto para o não vegano.
Ótimo exemplo entre as tendências do varejo de moda, certo?
O omnichannel é, de maneira geral, uma integração entre os diversos canais de vendas e comunicação, fazendo um mix das características gerais de cada um deles. O objetivo é criar uma relação entre o ambiente interno e o externo.
Essa é uma das principais tendências do novo cenário do varejo e tem tido muita força.
De acordo com dados do Invespcro, empresas com estratégias omnichannel retém, em média, 89% de seus clientes. Já negócios com engajamento de clientes omnicanal fraco, apenas 33%.
Com a omnicanalidade, a ideia é garantir que as mensagens transmitidas nos diversos ambientes sejam alinhadas, desde os valores até o design da empresa.
É fundamental investir na comunicação omnichannel, principalmente devido ao hibridismo, fazendo com que as pessoas procurem uma empresa pelos mais diferentes canais.
Não tem como falar das tendências do varejo para 2024 e não falar de sustentabilidade.
Mais do que postura, a preocupação com esse tópico se transformou em um modelo de negócio que tem influenciado a forma como os consumidores enxergam as lojas.
Por essa razão, entre as motivações, está, principalmente, a preocupação em se conectar com as novas gerações de consumidores, como citamos antes.
A geração Z se mostra mais ativa nos hábitos de consumo consciente e, segundo o estudo da First Insight que trouxemos logo no início deste conteúdo, esse público está tomando mais decisões de compras com base em práticas sustentáveis de varejo, correspondendo a 62% das pessoas entrevistadas.
Além disso, dados da plataforma Euclid mostram que 48% das pessoas da geração Z passam a gostar de uma marca quando ela apresenta valores alinhados com os delas.
As pop-up stores, também conhecidas como lojas temporárias, são estabelecimentos físicos montados em períodos específicos, com o objetivo de chamar a atenção dos consumidores.
Como o nome já revela, o comércio fica em um determinado lugar apenas de forma temporária, oferecendo uma experiência diferenciada ao público.
Isso pode ser feito para divulgar a marca, lançar novos produtos, marcar presença em eventos do seu nicho de atuação ou ainda em datas especiais, como Black Friday ou Natal, por exemplo.
Para potencializar os resultados, é possível fazer ações de marketing de influência e usar tecnologias como a realidade virtual para proporcionar novas experiências ao cliente.
Toda e qualquer gestão de varejo precisa ser baseada em dados. Essa é uma tendência que permite coletar informações anteriores para prever cenários e, assim, desenvolver um planejamento estratégico de qualidade.
Para isso, é necessário utilizar os bancos de dados como sistemas de Business Intelligence (BI). Dessa forma, é muito mais fácil ter segurança para sua loja em períodos futuros.
Com dados, é possível evitar repetir uma mesma experiência por outro caminho, pois, além de ter um custo alto, você já encontrou a forma de ter melhores resultados.
Outra tecnologia de destaque entre as tendências do varejo no Brasil é a inteligência artificial, que diz respeito à capacidade das máquinas de executarem tarefas complexas relativas a seres inteligentes.
A partir dos dados coletados, as máquinas conseguem aprimorar ainda mais suas ações. Dentro do mercado de varejo, dados reunidos pelo ComTia revelam que os gastos com IA devem atingir US$ 20,05 bilhões até 2026, sendo um crescimento ainda maior que a média.
Um exemplo do uso da inteligência artificial no varejo é na otimização de estoque. A IA consegue capturar dados do real consumo das lojas e sugere o reabastecimento de acordo com a demanda.
Chatbots são uma solução tecnológica para facilitar o atendimento e o relacionamento com o cliente, principalmente quando se trata do esclarecimento de dúvidas.
Por meio dessa tecnologia, um bot é capaz de conversar com uma pessoa real de maneira natural.
Um dado curioso sobre os chatbots é que, como mostrou a pesquisa da Comm100 em 2019, em média, os chatbots foram capazes de lidar com 68,9% dos chats com consumidores do início ao fim.
Além disso, os chatbots também podem ajudar os clientes a encontrarem ofertas relevantes. Gigantes do varejo, como a Amazon e a Magazine Luiza, têm apostado nisso.
O live commerce é um formato de compra inovador que tem ganhado força entre as tendências do varejo no Brasil. Ele nada mais é do que a combinação entre transmissões ao vivo com vendas pelas plataformas digitais.
A tecnologia e conteúdo são incorporados como forma de acelerar a conversão e, ao mesmo tempo, encurtar a distância entre a audiência da live e a venda.
Estima-se que em 2027 se movimente US$600 bilhões com esse modelo de vendas, de acordo com estudo feito pela Research and Markets.
O quick commerce diz respeito às compras rápidas, principalmente com a entrega do produto no mesmo dia da compra. A ideia aqui é oferecer agilidade, ponto fundamental quando estamos falando de varejo digital.
O relatório elaborado pela Capterra revelou que quase metade dos entrevistados acredita que o prazo de entrega é um dos detalhes mais relevantes para a compra virtual.
Além disso, cerca de 95% das pessoas desejam que o tempo de espera seja o mais curto possível. Dessa forma, o quick commerce vai além das tendências do varejo no Brasil e passa a ser também um diferencial competitivo.
Uma das principais tendências do varejo no Brasil dentro do commerce é o social. Ele é o comércio que acontece dentro de redes sociais. É importante que o varejo, portanto, esteja presente nesses espaços também.
Seja no Instagram, Facebook, TikTok ou WhatsApp, há vários espaços de interação e de grande uso que podem permitir que uma loja varejista consiga mais clientes.
O interessante é que o social commerce possibilita, junto com a eliminação das barreiras geográficas, a possibilidade de se oferecer uma compra mais personalizada, também a partir de dados coletados.
Como dito, o hibridismo é um forte elemento quando falamos sobre tendências no varejo, pois mescla o online com o físico. Embora a força do virtual seja gigantesca, ainda há a necessidade de ter lojas presenciais, e isso tem aumentado no cenário pós-pandemia.
Por essa razão, a integração entre os canais de venda online e offline são muito importantes.
Essa fusão, ainda, propõe uma experiência de consumo unificada, o que dialoga muito com a experiência omnichannel que já falamos antes.
Falando em experiência omnichannel, a técnica pick up in store aparece forte entre as tendências do varejo pós-pandemia.
Traduzido para o português, o termo significa “retirar na loja” e coloca a integração em prática de uma maneira bem simples: o consumidor realiza a compra dos produtos pela internet e, em poucos dias, pode fazer a retirada pessoalmente na loja física.
Essa é uma forma de reduzir os gastos com frete e trazer mais agilidade para as entregas, melhorando a experiência do cliente. Além disso, é uma ótima oportunidade para divulgar a loja física e estreitar o relacionamento com os consumidores.
O metaverso é um dos temas mais falados atualmente e o conceito tem impacto direto nas tendências do varejo no Brasil.
De maneira geral, podemos descrever o metaverso como um ambiente digital baseado na tecnologia 3D e em experiências como a realidade aumentada e a realidade virtual.
Para o varejo, isso significa novas oportunidades de melhorar a experiência de compra e otimizar a estratégia omnichannel, trazendo tecnologias que garantem maior interatividade no processo.
Com isso, é possível permitir, por exemplo, que os usuários experimentem roupas e interajam com as mercadorias em e-commerces, aproximando-se da experiência das lojas físicas.
O uso de tecnologias tridimensionais também pode ser aplicado aos estabelecimentos presenciais, como na demonstração de produtos, por exemplo.
Você já conhece a essência dos marketplaces, essas plataformas online que conectam vendedores e compradores de diferentes produtos e serviços.
Eles são uma tendência no varejo brasileiro porque oferecem vantagens como maior alcance, variedade, conveniência e segurança.
O ranking elaborado pela Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC) traz um dado interessante sobre os maiores “shopping centers virtuais” do Brasil: Mercado Livre, Magazine Luiza, Americanas, Via e Amazon faturaram juntos mais de R$ 203 bilhões em 2022
Sinal de que os consumidores estão muito conectados com os marketplaces, não é mesmo?
Os clientes estão cada vez mais exigentes e buscam experiências personalizadas no varejo. Eles querem se sentir únicos, reconhecidos e valorizados pelas marcas que consomem.
Para isso, é preciso usar a tecnologia e os dados para conhecer seu perfil, o que inclui suas preferências e comportamento. Assim, torna-se mais fácil ofertar produtos, serviços e conteúdos relevantes para ele.
Em pesquisa da Opinion Box, 72% dos entrevistados esperam que as empresas os reconheçam como pessoas únicas e conheçam seus interesses.
Voice commerce é a modalidade de compra por voz, que usa assistentes virtuais como Siri, Cortana e Alexa para realizar pesquisas, escolhas e pagamentos online.
Essa tendência do varejo de 2024 é impulsionada pelo aumento do uso de dispositivos móveis e smart speakers, que permitem aos consumidores interagir com as marcas de forma rápida, fácil e prática.
Tanto é assim que a Magazine Luiza permite aos clientes fazer compras pelo aplicativo Magalu usando comandos de voz. O mesmo ocorre com o iFood, que integra o seu serviço de delivery com a Alexa da Amazon.
Até 2023, o valor global das transações de comércio eletrônico com assistente de voz deve chegar a quase US$20 bilhões, quadruplicando o valor de 2021.
Seguindo a linha da personalização, é perceptível que os consumidores estão cada vez mais interessados em produtos exclusivos, que expressem sua personalidade, seus valores e seus gostos.
Eles querem se diferenciar da massa e ter algo que seja só seu.
Para atender a essa demanda, o varejo precisa investir em customização, personalização e co-criação de produtos, envolvendo os clientes no processo de produção e entrega.
Essa é uma das grandes tendências do varejo de moda, e já vemos a Nike e a Chilli Beans adotando estratégias neste sentido.
Qual o grau de transparência do seu negócio em relação ao produto oferecido?
O novo perfil de consumidor é exigente quanto a isso e quer saber sobre origem, composição, impacto e propósito dos produtos que compram.
Eles também querem ter acesso a informações claras e honestas sobre os processos, as políticas e os valores das empresas.
Para isso, o varejo precisa investir em comunicação, rastreabilidade, certificações e auditorias que comprovem a sua responsabilidade social, ambiental e ética.
A nostalgia é um sentimento de saudade e afeto pelo passado, que pode ser despertado por objetos, músicas, filmes, séries, jogos, entre outros elementos que remetem a uma época vivida ou idealizada.
A pesquisa “Ipsos Global Trends 2023” aponta algo neste sentido: 61% dos brasileiros desejam que o país retorne aos tempos passados.
Por isso, nos últimos anos, ela se tornou uma estratégia de marketing que visa criar uma conexão emocional com os consumidores, resgatando memórias, sentimentos e valores que eles valorizam.
Coca-Cola e sua edição limitada de garrafas com rótulos retrô é bom exemplo de como usar a nostalgia para criar bons sentimentos no consumidor.
A busca por prazer e satisfação pessoal é uma das tendências do varejo para 2024.
Os consumidores querem ter experiências positivas, divertidas e gratificantes, que melhorem o seu humor, o seu bem-estar e a sua autoestima.
Por isso, as empresas devem investir em produtos, serviços e ambientes que proporcionem sensações, emoções e surpresas aos clientes, o que estimula os seus sentidos e a sua criatividade.
O comércio local é aquele voltado para a valorização da cultura, da gastronomia e da economia da região onde se situa.
Nos últimos anos, o público vê com bons olhos conhecer e apoiar os pequenos produtores, os artesãos e os artistas locais, que oferecem produtos únicos, autênticos e de qualidade.
Já pensou em investir em parcerias, divulgação e distribuição de produtos locais, que atendam às necessidades e às expectativas dos clientes?
É uma ótima oportunidade para aproveitar esta tendência.
Os clubes de assinatura são um modelo de negócio que oferece aos consumidores a possibilidade de receber periodicamente produtos ou serviços de seu interesse, mediante o pagamento de uma taxa mensal.
Eles são uma tendência no varejo porque oferecem comodidade, conveniência, variedade e surpresa aos clientes, que podem descobrir novidades, experimentar novas marcas e receber itens personalizados.
No Brasil, existem inúmeros clubes de assinatura bem-sucedidos, como o Wine, que envia mensalmente garrafas de vinho selecionadas por especialistas.
Analise se seu negócio pode adotar essa estratégia para se inserir neste novo cenário do varejo.
Por fim, uma tendência que segue em alta é a automação e a digitalização no segmento.
Esses processos visam otimizar as operações, os processos e os serviços do varejo, por meio do uso de tecnologias como inteligência artificial, internet das coisas, robótica, realidade aumentada, entre outras.
Os benefícios oferecidos por essa prática são inúmeros, como maior eficiência, produtividade, qualidade, segurança e agilidade, além de melhorar a experiência do cliente.
Uma das principais tendências do varejo no Brasil, como falamos, é a experiência omnichannel.
Melhorar e integrar os canais de comunicação e de vendas é um importante mecanismo para conseguir melhores resultados.
O mesmo ocorre com o uso de dados para a tomada de decisão fundamentada.
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Como você viu, as novas tecnologias e o online têm transformado os rumos do varejo e trazido novos panoramas.
Marketing holístico, uso de dados, chatbots, social commerce, omnicanalidade, personalização e clubes de assinatura estão entre as principais tendências para o varejo no Brasil.
Esperamos que este artigo tenha sido útil para você! Aproveite para ler também sobre o que é e como funciona dropshipping!
Parabéns!