Com a aceleração da transformação digital, principalmente após a chegada da pandemia, as pequenas empresas passaram a vislumbrar o leque de oportunidades que o marketing digital pode oferecer. Segundo pesquisa do Sebrae em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), 70% dos pequenos negócios têm presença digital e vendem por meio de redes sociais, aplicativos e internet em geral.
E a presença digital das empresas nunca foi tão importante: segundo levantamento da Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), 97% dos brasileiros buscam informações na internet antes de comprar em lojas físicas. Já a pesquisa Maturidade do Marketing Digital e Vendas no Brasil mostra que 94% das empresas escolhem o marketing digital como estratégia de crescimento.
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“Não tem mais como adiar a presença digital. As empresas que não entenderem esse ponto podem acabar ficando para trás, afinal a internet é o lugar onde a maioria das pessoas está, e onde, consequentemente, grande parte do público-alvo de uma empresa, independentemente de seu segmento de atuação, também está. Isso é ainda mais importante para empresas de pequeno porte, que normalmente utilizam suas redes sociais para alcançar novos clientes”, destaca Eduardo Augusto, CEO da IDK Media.
Como aproveitar melhor as oportunidades
O especialista dá algumas dicas de como aproveitar melhor as oportunidades do marketing digital para pequenas empresas, mas reforça que a personalização das estratégias é crucial.
“Saber onde os consumidores da sua marca estão é o primeiro passo para construir uma base de clientes. Eu sempre digo que não existem soluções prontas, o que existe é um conjunto que soma análise de dados, desenvolvimento de ideias, compreensão do ecossistema em que a empresa está inserida, entre outros. Por meio dessas frentes, o caminho a percorrer fica mais claro dentro das estratégias de marketing digital”, ressalta.
1. Antes de saber quem é seu público, saiba quem é você
Já sabemos que identificar a persona, que é a representação semi fictícia do cliente de uma marca, é algo que devemos fazer para identificar nosso público. Isso vai responder perguntas como: Qual poder de compra do meu público? Quais outras marcas eles gostam? Quais são seus valores? Essas perguntas e muitas outras.
“Mas minha dica aqui, para você que é pequeno empresário e que talvez ainda não tenha feito essa pergunta a si mesmo é a seguinte: Quem é você como marca/produto? Quais são os seus valores, crenças e o que quer resolver?”, indaga ele.
“A vida do pequeno empresário é, em geral, baseada em vender o almoço para pagar o jantar. Sei disso pois estive nesta posição por muitos anos, buscando sempre algo rápido para resolver meus possíveis clientes. Mas eu mesmo não tinha a menor ideia de quem eu era ou qual problema estava solucionando. Isso causa uma falta de identidade da marca, fazendo com que o empreendedor passe de uma possível empresa que soluciona algo, para uma simples prateleira de coisas que qualquer um pode chegar e comprar (se quiser). Sem valor, sem crenças, sem um objetivo claro”, complementa.
Então, segundo o CEO da IDK, a dica é investir algumas horas pra que o empreendedor descubra quem ele é. “Descubra o que é a sua empresa e o que ela resolve de fato. Você vende frutas, qual problema você resolve? Qual solução você traz e no que você acredita? Só depois disso você pode pensar para quem você quer vender. Vai ficar até mais fácil de fazer o exercício de persona, acredite”.
2. Seja grande, mesmo parecendo ser pequeno
Ser grande é como você se sente no mercado. Não tem relação com a quantidade de funcionários que você tem, o tamanho do seu faturamento ou qualquer dessas coisas. Ser grande é uma definição que parte de você. Escolha ser grande.
Grandes marcas nasceram pequenas, mas elas tinham em mente o tamanho que queriam se tornar desde o primeiro dia. Para isso, se esforce para ter um posicionamento na internet que mostre quão grande você é. Para isso você pode usar branding, que é uma ferramenta muito útil no processo de criação e gestão de uma marca.
De modo geral, envolve a definição de uma identidade visual, valores, propósito, personalidade, além de estratégias de comunicação com foco em gerar uma imagem e reputação positivas perante o público-alvo.
“Toda marca deve ter uma identidade, personalidade e estratégias concretas, pois é preciso saber quem você é, para então definir onde quer chegar. Se você não define quem é a sua marca – qual sua postura, valores, tom de voz etc. –, como as pessoas irão se identificar com ela?”, aponta o especialista.
3. Estamos em 2023 e você ainda não está no digital?
“Eu não gosto mais de chamar o Marketing Digital de… Marketing Digital. Estamos vivendo o digital há mais 20 anos e por incrível que pareça, parece que ainda precisamos criar essa barreira digital. Deixa eu explicar uma coisa aqui para você, querido leitor: Não existe mais essa de marketing digital e marketing tradicional”, diz o especialista.
O Marketing continua sendo essencial para sua empresa e agora, é sua obrigação saber que existem outras ferramentas para abordar seus clientes e fazer você vender mais. No Brasil, são mais de 100 milhões de pessoas querendo comprar o que você tem pra vender todos os dias. E a minha pergunta aqui é a seguinte: O que você está fazendo que ainda não está vendendo no digital? O marketing digital não é apenas uma realidade, já se tornou obrigação.
4. Pare de panfletar e invista em anúncios online
Os anúncios online no Google, no Facebook, no Instagram, no YouTube e em outras plataformas, podem ajudar a potencializar o alcance das suas campanhas de marketing digital e, consequentemente, vender mais.
“Para se ter ideia, o Brasil é o 5° maior usuário de internet do mundo, com 165 milhões de pessoas conectadas. Há muita gente acessando a internet todos os dias, e essas pessoas podem estar procurando um produto ou serviço como o seu”, pontua Eduardo.
5. Um cliente satisfeito indica você para mais 50 pessoas
Clientes satisfeitos são mais propensos a comprar novamente e a recomendar uma marca para outras pessoas. Dados mostram que o Brasil tem os clientes mais exigentes do mundo: 72% dos consumidores brasileiros estão dispostos a trocar de marca por conta de uma experiência ruim; 64% dos compradores usam as redes sociais para reclamar de uma experiência ruim; e 70% dos consumidores brasileiros são mais propensos a serem leais a marcas que proporcionam uma boa experiência ao cliente.
“Diante deste cenário, atente-se a fatores como um atendimento excepcional e personalizado nos seus canais digitais, bem como a simplificação de um processo de compra. Certifique-se de que sua empresa forneça experiências positivas em todas as interações com o cliente. Vale lembrar que ao priorizar esse contato, você estará criando um diferencial competitivo para sua marca”, finaliza o CEO da IDK.