A Apple está se tornando numa grande fintech com muita velocidade. E o primeiro alvo são as maquininhas de cartão. A “maquininha” de cartão da Apple chegou. Começou o processo que eu falei, há algum tempo, que ocorreria.
COMO FUNCIONA A MAQUININHA DE CARTÃO DA APPLE?
Funciona assim: todo iPhone “transforma-se” numa maquininha de cartão, que pode receber pagamentos através de cartões com aproximação ou com cartões cadastrados nas carteiras digitais. Todo iPhone, a partir do modelo X (lançado em 2018), pode se transformar numa maquininha de cartão imediatamente. É o “início do fim” das máquinas de cartão como conhecemos por aí.
TENDÊNCIA?
Digo que é o fim pelo simples fato de que, cedo ou tarde, o Google também fará isso a partir do Android, nos aparelhos que tiverem a tecnologia NFC, que já é muito difundida há bastante tempo. Isso significa que o Nubank, por exemplo, que nunca investiu 1 real para ter uma maquininha de cartão roxa, poderá oferecer esse serviço para seus mais de 3 milhões de clientes PJ, com muito mais facilidade.
POR QUE IMPORTA?
Mas o que a Apple quer com isso? Bom, a área de receita que mais cresce na Apple é a de serviços, que inclui a divisão de serviços financeiros. Essa área já conta com serviço de pagamentos, conta investimento, digital wallet, pagamento parcelado e outras frentes. Então, quanto mais gente pagando ou recebendo dinheiro usando o iPhone como origem ou plataforma, mais dados financeiros sobre os clientes ela terá. E, como sabemos, é aí que está o grande valor. A solução criada pela Apple dispensa o uso de outros equipamentos adicionais. Todo o processo é feito direto no iPhone, o que entrega muito mais velocidade, segurança e fluidez ao processo. O mercado de maquininhas está desaparecendo rapidamente, enquanto o segmento de pagamentos digitais só cresce… e olha que tem empresas, neste momento, pensando em lançar suas próprias maquininhas.
Os sinais estão aí, por todos os lados. Vê quem quer.