A BYD parece implacável em seu plano de expansão no mercado brasileiro. Uma das mais novas possibilidades de atuação é no segmento de sedans médios-grandes híbridos. Após lançar o Seal em sua configuração elétrica no Brasil, a marca chinesa registrou no INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial) a configuração híbrida plug-in do modelo.
O BYD Seal DM-i PHEV conta com uma evolução da motorização híbrida do SUV cupê Song Plus: um motor 1.5 quatro-cilindros 16V aspirado de ciclo Atkinson a gasolina, com 110 cv de potência e 13,8 kgfm de torque, aliado a outro elétrico de 197 cv e 33,1 kgfm, gerando quase 270 cv de potência combinada e 41 kgfm de torque combinado.
O conjunto de baterias, formado por lâminas de LFP (ferro-lítio-fosfato), possui 17,6 kWh de capacidade e permite um alcance de até 121 km em modo puramente elétrico, segundo o ciclo de medição chinês NEDC (bem mais brando que o utilizado pelo Inmetro no Brasil). Já a autonomia total é de 1.200 km, com consumo homologado de 24 km/l. A aceleração de 0 a 100 km/h ocorre em 8,2 segundos.
Para melhorar as coisas, o Seal DM-i também conta com uma variante turbo de seu conjunto motriz. Nela, o propulsor 1.5 passa a contar com auxílio de turbocompressor, em ciclo Miller de atuação, chegando a 139 cv de potência e 23,6 kgfm de torque. Aliado a um motor elétrico de 218 cv e 33,1 kgfm, temos uma potência combinada estimada em mais de 280 cv – embora não haja um número oficial declarado. Aqui, o 0 a 100 km/h acontece em 7,9 segundos.
Já o banco de baterias passa a 30,7 kWh de capacidade, perfazendo uma autonomia de 200 km em modo apenas elétrico. Aqui, o alcance total chega a 1.305 km e o consumo oficial atinge 26,1 km/l. Em todos os casos, o câmbio é automático do tipo transeixo simulando um CVT (continuamente variável).
Seja turbo ou aspirado, o Seal DM-i permite recarga rápida. No caso da configuração turbinada, o sedan híbrido plug-in pode ter a energia de suas baterias recuperada entre 30% e 80% em apenas 19 minutos, de acordo com a fabricante.
Em termos de dimensões, o modelo mede longos 4.980 mm de comprimento, 1.890 mm de largura, 1.495 mm de altura e 2.900 de entre-eixos, com peso entre 1.830 kg e 2.020 kg, a depender da versão. Os ângulos são acanhados: 13 graus de ataque e 15 graus de saída.
Em relação à configuração EV, já vendida no Brasil por R$ 296.800, o BYD Seal DM-i tem algumas diferenças visuais importantes. Na dianteira, há uma grade filetada com tomadas de ar mais robustas e DRL (luzes diurnas) de LED com guias bem mais comedidos.
As lanternas traseiras possuem desenho exclusivo, os para-choques são todos redesenhados e até a tampa do porta-malas conta com estamparia própria, com vincos mais comedidos. Na configuração híbrida, o modelo é desprovido de difusores aerodinâmicos traseiros.
É preciso dizer que, apesar do registro no INPI, não há previsão de lançamento do BYD Seal DM-i no mercado brasileiro em curto prazo. Se há, a marca chinesa vem guardando muito bem este segredo. Todavia, caso venha, será posicionado em uma faixa de preços mais próxima dos R$ 250.000 do Honda Civic. Para desespero do sedan japonês, consideravelmente menor.
Parabéns!